sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Crise religiosa em nossos dias

Os 7.8 - Sincretismo em nossos dias, nova forma de idolatria.


SINCRETISMO => Sistema em que consiste em conciliar os princípios de várias doutrinas.

SIMULACRO => É um sistema de filosofia instituída no passado para domínio da plebe, do povo menos intelectual e menos culto. Símbolos, cópia infiel.

"Todos os caminhos levam a Deus". É a proposta do sincretismo religioso, ou seja, da mistura de todas as religiões num culto único e que tolere as peculiaridades de cada credo, consideradas "irrelevantes". É algo que nada mais é que o princípio da plataforma que será defendida e implantada pelo falso profeta durante a Grande Tribulação (
Ap.13:11-15).

1) Denominado de "desmoralização religiosa", muitos estão vendo a religião como uma empresa de consumo, e isso gera uma ansiosa concorrência em que acabaram por se meter as religiões e seus profissionais... querem (depressa) resultados palpáveis, seja para os clientes, seja para si mesmas.

Para os clientes, os resultados buscados devem aparecer no mínimo sob a forma de experiências religiosas imediatamente satisfatórias - o êxtase, o transe, o júbilo, o choro, o alívio, enfim, a emoção - ou terapeuticamente eficazes e, no máximo, sob a forma de prosperidade econômica real...para se oferecerem mercadologicamente como soluções mágicas ou experiências místicas, as religiões se mostram cada vez menos ascéticas e moralizadoras...Veja-se o caso brasileiro, as religiões que mais se expandem no Brasil oferecem um tipo de religiosidade 'experiencial', digamos assim, que é muito pouco exigente eticamente, mas muito eficiente misticamente. Passaram a oferecer serviços lábeis...definidos como vias de salvação mágicas ou mágico-místicas.

Perigosamente, está se instalando uma concepção religiosa inspirada na magia, na experiência descompromissada com a santidade e com a obediência a Deus. Está-se mais defendendo a plena liberdade do homem na sua busca do sobrenatural, o que é incentivado sobremaneira pelo movimento da Nova Era. É contra isto que a Igreja deve se levantar, pois só ela tem a verdadeira mensagem que preenche esta necessidade que o homem está a sentir da presença de Deus. Entretanto, muitos têm se deixado seduzir pela proposta satânica do sincretismo (enquanto redijo este texto, v.g., ouço em um programas radiofônicos evangélicos convidam para campanhas de sete semanas para purificação com um sabonete de mirra. Qual a diferença desta prática com as existentes em feitiçarias nas várias religiões afro-brasileiras ?). Precisamos ser santos, porque nosso Deus é santo - 1Pe.1:15,16; Lv.11:44; 19:2; 20:7.

2) Boa parte dos fiéis está olhando a religião como se estivesse diante de uma prateleira de supermercado. Empurrando seu carrinho, a pessoa escolhe os itens que mais lhe agradam entre os oferecidos. Nos casos mais extremos desse fenômeno, as pessoas criam a própria religião, através da qual mantêm um contato sem intermediários com o divino.

A proposta do ecumenismo visa a unidade das igrejas cristãs, confundindo, entretanto, unidade com uniformidade. A Igreja de Cristo é una e não poderia ser diferente, pois o Senhor fundou uma única Igreja e deseja que todos sejamos um nEle (Jo.17:21; Ef.4:3-6).

O sincretismo, entretanto, não se dá apenas com uma formal participação em iniciativas ecumenistas, mas, o que é mais grave, em condutas que são adotadas pelos servos de Deus por puro espírito de imitação, gerando um comportamento tal que faz com que fiquemos muito parecidos com grupos sem qualquer compromisso bíblico e, o que é mais grave, fazendo com que certas posturas adotadas por estes grupos tragam confusão a muitos crentes que, por causa das condutas assimiladas, passam a não mais perceber diferenças. O mais perigoso nos nossos dias é um "sincretismo prático" que, indevidamente, é negligenciado no nosso meio. - Mt.6:7,8, 19-21, 31-34; Os.6:10, 7:14; Ml.1:7,8; Is.58:3-14.

3) Os 7.8 => Aqui se tem a mistura propriamente dita. É a assimilação da cultura mundana, que faz com que se perca a identidade de servo de Deus. O povo de Israel é equiparado ao bolo não virado porque "a fraqueza do seu caráter é como a fraqueza do pão assado de um lado só ". "Porque Israel entrou em alianças com estrangeiros e assimilou outras culturas, ele perdeu as distinções que o fazia digno", Os 7.8

4) Podemos dizer que algumas das características do cristianismo ortodoxo se baseiam nos seguintes pontos:

a) Manter fidelidade incondicional à Bíblia, que é inerrante, infalível e verbalmente inspirada; 

b) Acreditar que o que a Bíblia diz é verdade (verdade absoluta, ou seja, verdade sempre, em todo lugar e momento); 

c) Julgar todas as coisas pela Bíblia e ser julgado unicamente por ela; 

d) Afirmar as verdades fundamentais da fé cristã histórica: a doutrina da Trindade, a encarnação, o nascimento virginal, o sacrifício expiatório, a ressurreição física, a ascensão ao céu, a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo, o novo nascimento mediante a regeneração do Espírito Santo, a ressurreição dos santos para a vida eterna, a ressurreição dos ímpios para o juízo final e a morte eterna e a comunhão dos santos, que são o Corpo de Cristo.

e) Ser fiel à fé e procurar anunciá-la a toda criatura; 

f) Denunciar e se separar de toda negativa eclesiástica dessa fé, de todo compromisso com o erro e de todo tipo de apostasia; 

g) Batalhar firmemente pela fé que foi concedida aos santos. 

5) Como está sendo o cristianismo hoje?
- Um cristianismo misturado com paganismo, "paganização"
- Contudo buscam apenas o sensacionalismo, Ez 33.30-32
- As invencionices de "novas revelações" 

- O simulacro, muletas para os aleijados espirituais. Símbolos, imagens e coisas que satisfazem apenas a visão. (seria coisa de índio?) 

- Para muitos é tempo de buscar: Galhos de arruda, rosas brancas, água e óleo de Israel, medalhas escritas, cruzes, caixão de defunto para enterrar as misérias, portais da felicidade, túnel do sucesso, fechamento do corpo....
Buscam métodos, filosofias, técnicas de bem viver aqui na terra, cultos divertidos como se fossem reuniões de bailes, onde o verdadeiro estímulo é o balanço do corpo e a estrela que brilha no palco. Buscam tudo aqui na terra. Mas nós não somos daqui, somos de lá, de cima, da glória, do céu... 

Jesus te ama, aceite-o por teu único e suficiente Salvador. 



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Citando Caramuru

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO



At 5.3,4   “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que  mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu
            coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.”


É essencial que os crentes reconheçam a importância do Espírito Santo no plano divino da redenção. Sem a presença do Espírito Santo neste mundo, não haveria a criação, o universo, nem a raça humana (Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30). Sem o Espírito Santo, não teríamos a Bíblia (2Pe 1.21), nem o NT (Jo 14.26, 1Co 2.10) e nenhum poder para proclamar o evangelho (1.8). Sem o Espírito Santo, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo. Este estudo examina alguns dos ensinamentos básicos a respeito do Espírito Santo.

A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO. 
Através da Bíblia, o Espírito Santo é revelado como Pessoa, com sua própria individualidade (2Co 3.17,18; Hb 9.14; 1Pe 1.2). Ele é uma Pessoa divina como o Pai e o Filho (5.3,4). O Espírito Santo não é mera influência ou poder. Ele tem atributos pessoais, a saber: Ele pensa (Rm 8.27), sente (Rm 15.30), determina (1Co 12.11) e tem a faculdade de amar e de deleitar-se na comunhão. Foi enviado pelo Pai para levar os crentes à íntima presença e comunhão com Jesus (Jo 14.16-18,26). À luz destas verdades, devemos tratá-lo como pessoa, que é, e considerá-lo Deus vivo e infinito em nosso coração, digno da nossa adoração, amor e dedicação (Mc 1.11).

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO. 
(1) A revelação do Espírito Santo no AT. Para uma exposição da operação do Espírito Santo no AT. 
(2) A revelação do Espírito Santo no NT. 
(a) O Espírito Santo é o agente da salvação. Nisto Ele convence-nos do pecado (Jo 16.7,8), revela-nos a verdade a respeito de Jesus (Jo 14.16,26), realiza o novo nascimento (Jo 3.3-6), e faz-nos membros do corpo de Cristo (1Co 12.13). Na conversão, nós, crendo em Cristo, recebemos o Espírito Santo (Jo 3.3-6; 20.22) e nos tornamos co-participantes da natureza divina (2Pe 1.4). 
(b) O Espírito Santo é o agente da nossa santificação. Na conversão, o Espírito passa a habitar no crente, que começa a viver sob sua influência santificadora (Rm 8.9; 1Co 6.19). Note algumas das coisas que o Espírito Santo faz, ao habitar em nós. Ele nos santifica, purifica, dirige e leva-nos a uma vida santa, libertando-nos da escravidão ao pecado (Rm 8.2-4; Gl 5.16,17; 2Ts 2.13). Ele testifica que somos filhos de Deus (Rm 8.16), ajuda-nos na adoração a Deus (At 10.45,46; Rm 8.26,27) e na nossa vida de oração, e intercede por nós quando clamamos a Deus (Rm 8.26,27). Ele produz em nós as qualidades do caráter de Cristo, que O glorificam (Gl 5.22,23;  1Pe 1.2). Ele é o nosso mestre divino, que nos guia em toda a verdade (Jo 16.13; 14.26; 1Co 2.10-16) e também nos revela Jesus e nos guia em estreita comunhão e união com Ele (Jo 14.16-18; 16.14). Continuamente, Ele nos comunica o amor de Deus (Rm 5.5) e nos alegra, consola e ajuda (Jo 14.16; 1Ts 1.6). 
(c) O Espírito Santo é o agente divino para o serviço do Senhor, revestindo os crentes de poder para realizar a obra do Senhor e dar testemunho dEle. Esta obra do Espírito Santo relaciona-se com o batismo ou com a plenitude do Espírito. Quando somos batizados no Espírito, recebemos poder para testemunhar de Cristo e trabalhar de modo eficaz na igreja e diante do mundo (1.8). Recebemos a mesma unção divina que desceu sobre Cristo (Jo 1.32,33) e sobre os discípulos (2.4; ver 1.5), e que nos capacita a proclamar a Palavra de Deus (1.8; 4.31) e a operar milagres (2.43; 3.2-8; 5.15; 6.8; 10.38). O plano de Deus é que todos os cristãos atuais recebam o batismo no Espírito Santo (2.39). Para realizar o trabalho do Senhor, o Espírito Santo outorga dons espirituais aos fiéis da igreja para edificação e fortalecimento do corpo de Cristo (1Co 12—14). Estes dons são uma manifestação do Espírito através dos santos, visando ao bem de todos (1Co 12.7-11). 
(d) O Espírito Santo é o agente divino que batiza ou implanta os crentes no corpo único de Cristo, que é sua igreja (1Co 12.13) e que permanece nela (1Co 3.16), edificando-a (Ef 2.22), e nela inspirando a adoração a Deus (Fp 3.3), dirigindo a sua missão (13.2,4), escolhendo seus obreiros (20.28) e concedendo-lhe dons (1Co 12.4-11), escolhendo seus pregadores (2.4; 1Co 2.4), resguardando o evangelho contra os erros (2Tm 1.14) e efetuando a sua retidão (Jo 16.8; 1Co 3.16; 1Pe 1.2).
(3) As diversas operações do Espírito são complementares entre si, e não contraditórias. Ao mesmo tempo, essas atividades do Espírito Santo formam um todo, não havendo plena separação entre elas. Alguém não pode ter 
(a) a nova vida total em Cristo, 
(b) um santo viver, 
(c) o poder para testemunhar do Senhor ou 
(d) a comunhão no seu corpo, sem exercitar estas quatro coisas. Por exemplo: uma pessoa não pode conservar o batismo no Espírito Santo se não vive uma vida de retidão, produzida pelo mesmo Espírito, que também quer conduzir esta mesma pessoa no conhecimento das verdades bíblicas e sua obediência às mesmas.




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Fonte:  BEP-CPAD

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Pastores e mestres, podemos te-los hoje?




"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres,"

Embora alguns entendam que pastores e mestres são ministérios distintos em Efésios 4.11, estão unidos entre si. A repetição das palavras uns e outros indica que apenas quatro ministérios são contemplados, e que os pastores também são mestres.

Pastor, aqui, não é usado no sentido moderno da palavra. (Nossos pastores ficam mais perto do ancião-presbítero-bispo do Novo Testamento, o oficial administrador da igreja local, "apto para ensinar": 1Tm 3.2).

A palavra pastor, em todas as passagens do Novo Testamento, alude-se ao apascentador de ovelhas. A mesma palavra grega se refere a Jesus como o grande Pastor das ovelhas (Hb 13.20), nosso Bom Pastor (Jo 10.2,11,14,16; 1Pd 2.25). O pastor oriental levava seu rebanho para a comida e a água (Salmos 23.2). A própria palavra pastor em Hebraico significa alimentador. A principal preocupação do pastor, segundo o uso do termo aqui, não é, portanto, dirigir os negócios da igreja, mas ensinar os membros. O bom alimento, naturalmente, é a Palavra de Deus. E a tarefa do pastor-mestre é explicá-la e torná-la mais fácil para o povo compreender, assimilar e aplicar. Vivemos em um mundo em evolução, quando novos problemas, novas perguntas e novas circunstâncias precisam da ajuda de um mestre para indicar os princípios da Palavra de Deus e demonstrar como se relacionam com nossa vida diária. Esta é a obra do mestre que tem o dom do Espírito Santo e é dedicado a Cristo.

Jesus é, também, o Grande Mestre. O Espírito Santo se destaca como o Ensinador, tanto quanto Ele é o Espírito de Poder e de Profecia, ou talvez ainda mais (Jo 14.17,26). É verdade que o Espírito Santo nos ensina diretamente (2Co 3.3; Jo 6.45; 1Jo 2.20,27; Jr 31.34). Não precisamos da autoridade humana para obter a certeza da nossa salvação, nem necessitamos de alguém para nos ensinar sobre o Senhor, de uma maneira mais eficiente e pessoal. O Espírito Santo e a Palavra bastam para isso. Mas mestres com o dom do Espírito, dados por Cristo à Igreja, podem ressaltar verdades negligenciadas, e ajudar a treinar e a inspirar outros para também se tornarem mestres. Deus quer que todos se tornem mestres, para que ensinem a Palavra aos outros. Mas, primeiramente, precisamos de mestres que nos alimentem com o leite e a carne da Palavra (Hb 5.12-14).

Apoio é um exemplo de mestre que "regava" o que Paulo plantara em Corinto, e que ajudava as pessoas a crescer espiritualmente, mediante seu ensino que trazia refrigério (At 18.27; 1Co 3.6). O seu ensino deve ter vindo com "os rios de água viva", com o poderoso transbordar do Espírito Santo (Jo 7.38). Lembre-se, também, que Apoio tinha um espírito apto para aprender (At 18.26).

Infelizmente, há os que "aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade" (2Tm 3.7), líderes cegos dos cegos (Mt 15.14), falsos mestres que negam o Senhor que os comprou (2Pd 2.1). A estes, Deus não poupará. Os cristãos, que amam e honram a Jesus, podem desfrutar da união no Espírito e na fé, mesmo se discordarem entre si em alguns aspectos, ou até mesmo nos seus métodos de interpretar a Bíblia. Amamos os pecadores, mesmo os que negam o Senhor, quando os atraímos de volta para Deus. Mas isso é diferente da comunhão no Espírito que desfrutamos com os crentes, comunhão esta que cresce à medida que mantemos um espírito apto para aprender.

Que possamos ter pastores compromissados com o aprendizado e com o ensino da Palavra de Deus.

terça-feira, 17 de julho de 2012

O Batismo com o Espirito Santo




O evento do batismo com o Espírito Santo não deveria surpreender, nem confundir os estudantes das Escrituras, pois é uma bênção já prometida, relacionada com o plano divino da salvação em Cristo, predito por Joel, Isaias, João Batista e Jesus (At 2.16-18; Is 44.3; Mt 3.11; Jo 14.16,17).
1. O Dia de Pentecoste
O dia de Pentecoste foi um dia singular para a Igreja e continua sendo; é que nesse dia aprouve a Deus, por inter-cessão de Jesus Cristo, enviar o Espírito Santo, a ocupar no mundo e de forma mais precisa, no seio da Igreja, uma posição sem paralelo em toda a história da humanidade. Nesse dia cerca de cento e vinte frágeis discípulos de Jesus foram cheios do Espírito Santo e dotados do poder de tes­temunhar do Evangelho.
Como resultado da experiência do Pentecoste, Pedro pregou com tal autoridade, que cerca de três mil preciosas almas se renderam aos pés de Jesus. Com autoridade sobrenatural acusou os seus ouvintes judeus de haverem entregue à morte o Filho de Deus, e exortou-os a se arrependerem de seus pecados. Isto disse como prelúdio, para logo informar-lhes de que a conversão a Cristo resultaria em receberem a mesma experiência que observavam, com sinais poderosamente evidentes (At 2.14-41). Atente com interesse para este fato. Pedro proclamou ter a promessa do batismo com o Espírito referência a to­dos os homens e não somente àqueles que constituíam a assembléia ali reunida.
2. Para Quem é a Promessa?
"E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe; a tantos quantos Deus nosso Senhor cha­mar" (At 2.38,39). De acordo com estas palavras de Pedro, note a exten­são e alcance da promessa do batismo com o Espírito San­to:
A promessa é para vós - os judeus ali presentes, re­presentando os demais compatriotas, isto é, a na­ção com a qual Deus fizera a antiga aliança.
Para os vossos filhos -os que existiam então e as gerações sucessivas.
Para todos os que ainda estão longe,isto é, para quantos o Senhor nosso Deus chamar - para todos, universalmente, para os gentios e para qualquer indivíduo que responda à chamada de Deus, atra­vés do Evangelho para a salvação em .Cristo.
A promessa de Atos 2.39 indica que a gloriosa expe­riência do batismo com o Espírito Santo foi designada por Deus para todos os crentes, desde o dia de Pentecoste até o fim da presente dispensação.O enchimento do Espírito Santo, assinalado pelo falar noutras línguas, como aconteceu no dia de Pentecoste, de­veria ser o modelo para essa experiência, para qualquer in­divíduo, através da dispensação da Igreja.

3. À Natureza Deste Batismo
Várias palavras e expressões são usadas na Bíblia para simbolizar e descrever a vinda do Espírito Santo aos cren­tes, e seu ministério através destes. Algumas dessas ex­pressões, são:
a) Derramamento
Esta expressão das Escrituras é usada freqüentemente para designar a vinda do Espírito Santo à vida do crente. O sentido original da palavra se refere à comunicação de alguma coisa vinda do céu, com grande abundância..(Jl 2.28,29).
b) Batismo
O recebimento do Espírito Santo é figurado como ba­tismo: uma total, gloriosa e sobrenatural imersão do Divi­no Espírito, o que revela a maneira gloriosa como o Espíri­to Santo envolve, enche e penetra a alma do crente. Assim todo o nosso ser se torna saturado e dominado com a pre­sença refrigeradora de Deus, pelo seu Espírito Santo.
c) Enchimento
Quando o Espírito veio sobre os discípulos no cenáculo, foram cheios do Espírito. Evidenciaram estar cheios, a ponto de parecerem estar "embriagados" (At 2.3).
Esse enchimento não se deu em gotas, caídas como que através dum crivo. Não. No Pentecoste a plenitude do Espírito os encheu inteiramente, de tal modo que anda­vam de um lado para outro, falando em novas línguas.
4. Evidência do Batismo com o Espírito Santo
Todos os casos de batismos com o Espírito Santo rela­tados no livro de Atos, constituem uma sólida base para a afirmação de que o falar em línguas estranhas é a evidên­cia física inicial de que o crente foi batizado com o Espírito Santo. Detenhamo-nos um pouco em analisar os cinco ca­sos distintos como são apresentados no referido livro.

a) No Dia de Pentecoste
"E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem" (At 2.4). Esta foi a primeira manifestação do Espírito Santo, após Jesus ter dito: "...e vós sereis batizados com o Espíri­to Santo, não muito depois destes dias" (At 1.5). A demonstração comum ou evidência física inicial de que todos os presentes no cenáculo foram cheios do Espírito Santo, foi que todos falaram em línguas estranhas; línguas que não haviam aprendido, faladas, portanto, pela operação sobrenatural do Espírito Santo.
b) Entre os Crentes Samaritanos
"Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ou­vindo que Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram lá Pedro e João, os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo. (Porque sobre ne­nhum deles tinha ainda descido, mas somente eram bati­zados em nome do Senhor Jesus). Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo" (At 8.14-17).
Ainda que o texto bíblico citado não mostre explicita­mente que os samaritanos hajam falado em línguas estra­nhas como evidência do batismo com o Espírito Santo, es­tudiosos das Escrituras são da opinião de que eles tenham falado em línguas; pois, se não houvesse a manifestação das línguas, como os apóstolos teriam notado a diferença entre eles antes e depois da oração com imposição de mãos?Lucas diz que "Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofere­ceu dinheiro..."(At 8.18). Simão não seria suficientemente tolo a ponto de pro­por dinheiro para adquirir poderes para realizar operações espirituais abstratas. Ele almejava poderes para operar fe­nômenos como os que ele via e ouvia naquele momento.
c) Sobre Saul em Damasco
"E Ananias foi, e entrou na casa, e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo, e logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado" (At 9.17,18). Também no caso de Saulo, o texto bíblico não diz ex­plicitamente que ele tenha falado em línguas, porém diz que ele foi cheio do Espírito. Ora, se é válido admitir que ele foi cheio do Espírito Santo naquele momento, por que, então, duvidar que ele haja falado em línguas? Do punho do próprio Paulo lemos as seguintes palavras: "Dou graças a Deus,.porque falo mais línguas do que vós todos" (1 Co 14.18).
d) Em Casa do Centurião Cornélio
"E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espíri­to Santo sobre todos que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pe­dro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam fa­lar línguas, e magnificar a Deus" (At 10.44-46). Foi a ênfase dada por Pedro e seus companheiros a que os gentios em Cesaréia haviam recebido o dom do Espírito Santo, tal qual eles no dia de Pentecoste, que apa­ziguou os ânimos dos apóstolos em Jerusalém, de sorte que disseram: "Na verdade até aos gentios deu Deus arrepen­dimento para a vida!"(At 11.18).
e) Sobre os Discípulos em Êfeso
"E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam" (At 19.6). Observe: vinte anos após o dia de Pentecoste, o batis­mo com o Espírito Santo ainda era acompanhado com a evidência inicial de falar línguas estranhas. Esta evidência satisfazia não só a um dos requisitos da doutrina apostóli­ca quanto à manifestação do Espírito Santo, como tam­bém cumpria a promessa de Jesus: "Estes sinais seguirão aos que crêem: ...falarão novas línguas" (Mc 16.17). Crisóstomo, um dos grandes mestres da Igreja antiga, afirmou, muitos anos após os dias de Paulo: "Quem quer que fosse batizado nos dias apostólicos, logo falava línguas: recebiam eles o Espírito Santo".


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Fonte:
As Grandes Doutrinas da Bíblia

Biblia Sagrada: A única regra que rege a igreja



“Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3,16 ).


É com convicção e firmeza que declaramos ser a única regra para governar a Igreja a Palavra de Deus. Segundo o versículo acima citado, ela é apta para ensinar, repreender, corrigir e instruir em toda a justiça, sem a intromissão de adendos ou inovações perigosas que matam a espiritualidade.

Portanto, os dons espirituais têm um papel muito importante na igreja, especialmente o dom de profecia; porém o dom nunca poderá tomar o lugar da Palavra de Deus, pois a verdadeira igreja é aquela que é regida tão-somente pela Palavra de Deus.
Quando lemos com atenção o Novo Testamento, notamos que as manifestações dos dons eram visíveis na igreja primitiva; contudo não eram os dons que a regiam, mas o conteúdo da revelação divina consubstanciada nas Escrituras (Jo 7.38).
Nesse sentido temos os inequívocos e grandes exemplos na novel igreja do Novo Testamento, quando, no primeiro concilio apostólico, o apóstolo Pedro demonstrou o valor da Palavra de Deus, dizendo: "Varões irmãos, bem sabeis que já há muito tempo Deus me elegeu dentre vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a Palavra do evangelho e cressem" (At 15.7).

Ainda no mesmo concilio notamos mais uma vez a citação da Palavra de Deus, para esclarecer, guiar e orientar (vv. 15-18).
Portanto, em todas as questões da igreja primitiva, a Palavra foi consultada e as decisões foram baseadas e resolvidas tão-somente de acordo com os ensinos da Palavra de Deus, as Escrituras. Ainda que eles tivessem em grande estima o valor dos dons, e apesar de a revelação e a profecia terem um papel proeminente na igreja primitiva, os dons jamais definiram doutrina, jamais na igreja dos apóstolos a profecia serviu para resolver casos: tudo era resolvido à luz da Palavra de Deus.
Quando o apóstolo Pedro falou sobre a profecia, é lógico que ele não se referia ao dom na acepção restrita, mas à Palavra de Deus dada aos profetas como revelação segura e única da vontade do Senhor (2 Pe 1.19-21).

É pela Palavra de Deus que somos corrigidos e esclarecidos em todos os erros doutrinários, tanto na forma como na prática, conforme 2 Timóteo 3.16.
O apóstolo Paulo, em todas as suas resoluções doutrinárias, dá ênfase à Palavra de Deus, pois por ela, até as profecias na igreja devem ter o seu julgamento doutrinário, a fim de que não sejam usadas erradamente (1 Co 14.29-32; 1 Ts 5.20,21).

“Falem os profetas, dois ou três, e os outros julguem". - Essa é recomendação do apóstolo.
- Julgar o quê? julgar a mensagem do que profetizou, se está segundo a doutrina (1 Tm 3.15; 4.13). - E depois, julgar como? – É lógico: julgar pela Palavra de Deus.
Portanto, não poderemos aceitar uma profecia por mais agradável que seja ou mesmo qualquer revelação, se não tiver o apoio doutrinário na Palavra de Deus. Todas as manifestações e resoluções devem submeter-se ao exame da Palavra de Deus, a única autoridade para julgar.
Na Epístola aos Hebreus 4.12, assim está escrito: "Pois a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante que qualquer espada de dois gumes, e que penetra até a divisão da alma e do espírito, e juntas e medulas, e pronta para discernir as intenções e pensamentos do coração".
É lógico, pois, segundo o versículo acima citado, que tudo está sujeito à Palavra de Deus. Infelizmente muitos erros doutrinários têm entrado na igreja, através da porta da profecia e dos demais dons espirituais, por não serem confrontados com a genuína fonte de revelação divina - a Palavra de Deus.

Através da história da Igreja, notamos a manifestação de dogmas bárbaros e doutrinas de demônios juntamente com os pensamentos de homens corruptos e privados da verdade de Jesus Cristo (G1 1.6-11; 3.1-5; 4.9-11; 1 Tm 4.1-5; 2 Tm 3.5-9).
Portanto, concluímos que os dons espirituais são realmente maravilhosos, contudo necessitam de permanecer dentro da doutrina e têm de ser examinados pela Palavra de Deus, infalível e imutável!
Podemos ilustrar o assunto da seguinte forma: Estamos edificando um grande edifício - a Igreja (1 Co 3.9; Ef 4.15,16). Ora, para a edificação espiritual, necessitamos de andaimes (andaimes neste caso são os dons). Nas construções há necessidade de que os andaimes estejam bem ajustados e nos devidos lugares. No edifício espiritual, os andaimes, isto é, os dons espirituais, devem estar firmados na doutrina da Palavra, a fim de que não haja desastre espiritual (Dt 32.1,2; Ec 12.11; 1 Co 14.39), etc.

O Senhor Jesus fez uso da Palavra de Deus; venceu todas as tarefas, revelou os problemas difíceis e pôs em fuga o Diabo, tudo porque usou a Palavra de Deus (Mt 4.1-11; 22.23-32).
Qualquer trabalho evangélico relacionado com a igreja necessita do apoio da Palavra de Deus. Até mesmo as tarefas mais simples: cânticos, festividades que se organizam, e visitas, devem ter o apoio da Palavra, do contrário, não terão aceitação aos olhos do Senhor (SI 119.105; Cl 3.16). "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra". Logo, se a Palavra é a lâmpada, claro está que é para nos guiar em toda a verdade de Deus.

Muitos desprezam a Palavra de Deus para receberem a palavra de um homem e a recebem cegamente, muito embora não tenha ela apoio na Palavra de Deus. Dizem outros obviamente: "Nós obedecemos à Bíblia, de capa a capa", contudo estão fora da doutrina da Bíblia. 

A Palavra de Deus tem por objetivo o seguinte:

Iluminar o espírito (SI 19.8; 119.30).
Instruir para a esperança (Rm 15.4; 1 Co 10.11).
Capacitar para salvação (1 Tm 4.16; 2 Tm 3.15).
Produzir fé (Jo 17.20; Rm 10.17; 1 Jo 5.13).
Regenerar (Ef 5.26; Tg 1.18; 1 Pe 1.23).
Restaurar a alma (SI 19.7; 119.81).
Santificar (Jo 17.17; 1 Tm 4.5; 2 Tm 3.17).
Alimentar espiritualmente (Dt 1 Pe 2.2).

Portanto, a Palavra é a base segura para nossa salvação e governo da Igreja (1 Co 15.1,2; Ef 1.13; Tg 1.21). Não devemos desprezar a Palavra de Deus, pois todas as coisas foram criadas pela Palavra de Deus e por ela subsistem (Gn 1.1-3; Hb 1.3; 2 Pe 3.5-7). Destarte, a disciplina e a ordem dentro da Igreja devem ser apoiadas na Palavra de Deus (1 Pe 2.22-25).
Tudo tem de ser examinado na "Pedra de Toque" - a Palavra de Deus quer seja doutrina, revelação ou nossa própria vida e trabalho. Assim fizeram os nobres de Beréia (At 17.10,11), porque receberam a Palavra com toda avidez, indagando diariamente nas Escrituras se estas coisas eram assim.

Conclusões:
1. Deus usa a sua Palavra (Gn 1.3).
2. Jesus Cristo usou a Palavra de Deus (Hb 10.7).
3. O Espírito Santo tem a Palavra como espada (Ef 6.17) e pela Palavra Ele revela os planos de Deus no terreno profético (At 1.16).

Infelizmente muitos dizem que esperam a vontade do Senhor, quando já essa vontade se acha revelada no plano de Deus. O que há para fazer é tão-somente obedecer à revelação da Palavra de Deus, tal como fez Cornélio, ao ouvi-la dos lábios de Pedro. Pela obediência, o centurião recebeu a Deus e a bênção (At 10.43,44).
Portanto, é a Palavra de Deus que deve reger todo o curso da vida espiritual, especialmente as reuniões, a fim de recebermos a divina aprovação e apoio da revelação divina - a Bíblia Sagrada.

Exemplifiquemos, para esclarecer: Há congregações que, para celebrarem a Ceia do Senhor, esperam uma profecia, determinando que seja celebrada. Isto está errado, pois o Senhor disse: "Fazei isso em memória de mim". E Paulo acrescenta: "Todas as vezes" (Lc 22.19; 1 Co 11.26). Portanto, para tal ato não há necessidade de revelação, pois já está revelado e ordenado na Palavra de Deus, como se deve fazer.
Outros esperam uma revelação para disciplinar alguém ou para receber em comunhão um membro excluído. Porventura estarão agindo conforme manda o Senhor? Não, absolutamente, não. A Palavra de Deus determina a exclusão ou a inclusão, segundo o proceder e o testemunho; até setenta vezes sete, temos de perdoar o nosso irmão; quanto aos resultados futuros, a responsabilidade pertence ao perdoado.
 
 
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Fonte:
Confronto Doutrinario - João de Oliveira